O título já diz tudo: a música e a bebida tem andado juntas desde os primórdios do eruditismo. Mozart? Bêbado. Beethoven? Bêbado. Vivaldi? Bêbado. Robert Plant? Bêbado. Ozzy? Bêbado também... Indiferente do momento histórico - e tenho a impressão de que pouco mudou de lá pra cá - a bebida tem sido a companheira fiel de praticamente todos os músicos. Na atualidade, há uma pá de exemplos a serem tomados. "Nunca vi boa amizade nascer na leiteria. Uísque é o melhor amigo do homem. Uísque é o cachorro engarrafado." já dizia Vinicius de Moraes.
O curioso é perceber que há predileções, divergências de paladares nos diversos grupos do mundo musical. O grupo do samba e MPB, por exemplo, não abrem mão de uma cachaça e de uma cerveja bem gelada.
Os adeptos do Rock, por sua vez, bebem praticamente de tudo (já vi gente bebendo alcóol etílico, gasolina, desinfetante...) mas arrastam uma asa - certamente - para os destilados. É batata: grupo de amigos vestidos com roupas escuras e all-star provavelmente estão com uma garrafa de Refri misturada com destilado. Se tiver um violão junto, há uma chance de haver vinho também.
Jazz, blues, soul, funk... acho que combinam com Uísque, realmente, assim como a bossa. Esta última, entretanto, também combina com cerveja e canha.
Também podemos observar através dos ritmos: os mais alegres, pra cima, pedem uma bebida leve, que possa ser tomada em grandes quantidades. Os ritmos mais melancólicos, entretanto, pedem bebidas mais fortes (pessoas melancólicas não tem a intenção de ficar até o final da festa) ou elaboradas, como drinks doces e/ou flamejantes.
Seja qual for o seu estilo músical predileto, o que realmente vale é a experimentação e a moderação. No final das contas, só se pode escolher uma predileta depois de saborear muitas.
Muitas doses pra vocês!